A partir do final de setembro não precisa de sair de casa para ir ao mercado. A Oikos – Cooperação e Desenvolvimento colocou online, em parceria com a Fundação Vodafone, o portal SmartFarmer - um mercado eletrónico nacional para produtos hortofrutícolas que promete aproximar produtores e consumidores, promovendo cadeias agroalimentares locais, aproximando mercados e contribuindo para a solidariedade de ambas as partes.
Dezenas de produtores já aderiram à plataforma digital criada pela Oikos – Cooperação e Desenvolvimento e pela Fundação Vodafone.
Todos os Distritos de Portugal Continental e as Ilhas Terceira e Graciosa estão no SmartFarmer através dos Gestores locais da plataforma digital e da própria Oikos.
A plataforma digital SmartFarmer, à qual já aderiram vários produtores, através de pré-registos, já está disponível em www.smartfarmer.pt. A partir de agora, já será possível potenciar os circuitos agroalimentares e mercados de proximidade, aproximando os produtores e prestadores de serviços dos vários tipos de consumidor.
Esta solução promovida pela Oikos e pela Fundação Vodafone, «é uma ferramenta inovadora de desenvolvimento rural e económico, que visa contribuir para eliminar algumas fragilidades da agricultura portuguesa, diminuir o desperdício alimentar na produção, propiciar aos consumidores a compra favorável de produtos agroalimentares locais, assegurar às famílias mais segurança alimentar e nutricional e reduzir a pegada carbónica dos circuitos alimentares», adiantam os promotores.
Cerca de 910 toneladas de alimentos são perdidos diariamente em Portugal na fase da produção e mais de metade são hortofrutícolas. São produtos que não chegam sequer a entrar na cadeira de distribuição e que poderiam ser comercializados diretamente por pequenos produtores e comerciantes.
Para além disso, 81% dos agricultores portugueses são-no a título individual e grande parte tem falta de acesso aos mercados ou sofrem um esmagamento de margens, representando 7,5% da população nacional.
Esta plataforma «vem então permitir a ligação em tempo real e útil entre pequenos produtores agrícolas e comerciantes com os consumidores locais, evitando não só o desperdício alimentar na produção como a sua comercialização a preço justo».
Apesar de tantas toneladas de alimentos perdidos ou desperdiçados, segundo dados da Direção Geral de Saúde, 50,7% das famílias portuguesas sofrem de algum grau de insegurança alimentar. Então este Portal vem também permitir que os excedentes sejam encaminhados para instituições de solidariedade.
Os produtores locais podem doar produtos cuja venda ao público não se tenha concretizado mas que estejam aptos para consumo humano. As entidades registadas para receber este tipo de doações terão que ser organizações sem fins lucrativos.