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Portugal à Lupa

Há 13 anos a calcorrear o País como jornalista, percebi há muito que não valorizamos, como devíamos, o que é nosso. Este é um espaço que valoriza Portugal e o melhor que somos enquanto Povo.

Portugal à Lupa

Há 13 anos a calcorrear o País como jornalista, percebi há muito que não valorizamos, como devíamos, o que é nosso. Este é um espaço que valoriza Portugal e o melhor que somos enquanto Povo.

Serra da Lousã: parque Biológico convida à natureza, vivências locais e boa mesa

O Parque Biológico da Serra da Lousã, numa quinta rural, promove desde 2009 a preservação da natureza e espécies locais. Um lugar que convida, também, a vivências de outrora, às artes e ofícios tradicionais, ao património e à gastronomia, com destaque para a chanfana.

 

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Fotos - Parque Biológico da Serra da Lousã

 

É na Quinta da Paiva, próximo de Miranda do Corvo, que os visitantes podem apreciar algumas das mais interessantes características do território. O Parque Biológico da Serra da Lousã abriu portas em 2009, propriedade da Fundação ADFP -  Parque Biológico da Serra da Lousã, «e onde já se desenvolviam algumas actividades terapêuticas no apoio à deficiência e doença mental», explica Jaime Ramos, presidente do Conselho de Administração daquela Fundação.

 

Aqui, preserva-se a natureza e espécies autóctones, «com especial preocupação para as selvagens nacionais e raças portuguesas em vias de extinção». Mas também a «promoção da cultura e dos valores humanos».

 

O visitante pode encontrar uma área de vida selvagem com 46 espécies animais, algumas em vias de extinção. Entre os animais que o parque acolhe está o lobo, a raposa, o lince, o urso pardo, o javali, o gamo, o corso, o veado.

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No Parque há ainda um Centro para Aves Irrecuperáveis, Aquários e, em breve, abrirá um Reptilário.

 

Os visitantes têm ainda a oportunidade de visitar uma Quinta Pedagógica com 31 espécies, de apenas raças portuguesas e um Centro Hípico para a prática equestre ou equitação terapêutica.

 

«Em 2004, Portugal esteve pela primeira vez representada em equitação adaptada nos Paralímpicos de Atenas com uma equipa deste Centro Hípico.

 

Em terra de viveirista aparece o único Labirinto de Árvores de Fruto no mundo, um roseiral e uma horta comunitária», realça Jaime Ramos.

 

Mas «as vivências de outrora, as artes e ofícios tradicionais, o seu património, são reflexo de uma sociedade rural, modesta, diretamente ligada ao desenvolvimento de princípios de sociedade e que fazem de “Miranda do Corvo - Terra Solidária” (marca registada da Fundação ADFP para os produtos por si produzidos, como o vinho, a jeropiga e o mel)».

 

No âmbito do património cultural, «o Parque Biológico da Serra da Lousã é um pólo do EcoMuseu Territorial, porque integra um conjunto de equipamentos que conservam testemunhos e práticas do passado», acrescenta Jaime Ramos.

 

Museu Vivo de Artes e Ofícios:

 

Há ainda um Museu Vivo de Artes e Ofícios Tradicionais com oficinas de artesanato (olaria, vidro, cestaria, vime, tecelagem e sapataria). O espaço é visto como uma «homenagem às práticas artesanais, que há longos séculos fizeram de Miranda do Corvo um importante centro manufatureiro, e cujas técnicas hoje estão em desuso».

 

«A olaria, conhecida a sua existência no nosso concelho desde o século XV, é muito estudada e retratada por autores. Denominada de Capital do Barro Vermelho, Miranda do Corvo foi onde nasceu o elegante asado popularizado pela tricana de Coimbra. Composto por oficinas - olaria/vidro, vime/cestaria/empalhamento de vasilhame, tecelagem e sapataria - as técnicas e ferramentas utilizadas são as mais ancestrais, e a venda dos produtos feitos através de duas lojas, uma no Parque Biológico da Serra da Lousã e outra em Coimbra, na Rua da Sofia, Património Mundial da Humanidade», informa o responsável.

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No Parque há também vários mecanismos de rega e moagem tradicionais movidos a água, vento, força humana ou animal. «E o Museu da Tanoaria, uma coleção de cem peças numa homenagem aos tanoeiros de Portugal», informa.

 

Em breve será inaugurado o Espaço da Mente, um edifício que agrupa um conjunto de áreas científicas, «cruzando-as com o património etnográfico e os valores humanistas, sempre sobre a perspetiva filosófica de que a espécie humana evoluiu e é hoje composta por Corpo, Mente e Espírito - Homo Sapiens».

 

A gastronomia também não é esquecida e tem destaque no Restaurante Museu da Chanfana, cujo nome, explica Jaime Ramos, «constitui uma homenagem à nossa mais tradicional gastronomia assente no aproveitamento carne de cabra velha, no entanto com ementas diversificadas que passa pelo tradicional e contemporâneo».

II Encontro Nacional de Museus do Vinho chega em novembro

O grupo de trabalho da Rede de Museus Portugueses do Vinho reuniu no passado dia 21 de setembro, no Museu do Vinho Bairrada, na Anadia.

 

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Este grupo de trabalho é coordenado pelo Museu do Vinho de Alcobaça,  ao qual foi atribuído este cargo na reunião do passado mês de fevereiro. Fazem parte deste grupo de trabalho, além do Museu de Alcobaça, a Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV), o Museu do Douro, Museu do Vinho da Bairrada, Museu do Vinho de Bucelas, Museu do Vinho Verde Alvarinho de Monção, Museu do Vinho de Alenquer, Quinta/Museu do Sanguinhal e Centro Interpretativo do Vinho Verde de Ponte Lima.

 

Uma das principais decisões tomadas nesta reunião foi a organização do 2.º Encontro Nacional de Museus do Vinho, que já tem data marcada para os dias 10 e 11 de novembro.

 

Ficou ainda decidido que a próxima reunião do grupo de trabalho acontece no dia 9 de novembro, no Museu do Douro, para aprovação do Plano se Atividades para o ano de 2017.

 

A Rede de Museus Portugueses do Vinho é um projeto impulsionado pela AMPV e que surgiu com o intuito de valorizar e promover os espaços museológicos ligados ao vinho e à sua cultura, através da criação de uma dinâmica própria de cooperação.

Projeto sobre morcegos da Mata do Bussaco premiado

O projeto sobre os morcegos da Mata do Bussaco realizado pela Casa da Criança Maria do Resgate Salazar, da Fundação Bissaya Barreto, arrecadou o 3º lugar da 13ª edição do “Ciência na Escola” – Fundação Ilídio Pinho.

 

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A Casa da Criança Maria do Resgate Salazar, do Luso (Mealhada), foi distinguida, hoje, numa cerimónia que contou com o primeiro-ministro e o ministro da Educação, em Pinhal Novo, com o 3º prémio na mostra nacional “Ciência na Escola” – Fundação Ilídio Pinho, com o projeto “À descoberta dos morcegos na Mata do Bussaco”.

 

O projeto, desenvolvido pelas crianças do pré-escolar, realizou-se ao longo do ano letivo 2015/16 e incluiu várias atividades dinamizadas pelas crianças, dos 3 aos 5 anos, nomeadamente várias saídas de campo, sessões de esclarecimento com biólogos, pesquisa e investigação sobre estes animais, numa relação de parceria com o Centro de Interpretação Ambiental da Mealhada, com o apoio da Fundação Mata do Buçaco e da Câmara Municipal da Mealhada.

 

No decorrer do projeto, as crianças identificaram as 15 espécies de morcegos presentes na Mata Nacional do Buçaco (candidata a Património Mundial da UNESCO), espalharam várias caixas abrigo no concelho da Mealhada para que os morcegos pudessem dormir e ficar protegidos durante o dia, realizaram ações de sensibilização junto da população e produziram diversos materiais didáticos que deram origem a uma exposição que esteve patente no Centro de Interpretação Ambiental da Mealhada.