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Portugal à Lupa

Há 13 anos a calcorrear o País como jornalista, percebi há muito que não valorizamos, como devíamos, o que é nosso. Este é um espaço que valoriza Portugal e o melhor que somos enquanto Povo.

Portugal à Lupa

Há 13 anos a calcorrear o País como jornalista, percebi há muito que não valorizamos, como devíamos, o que é nosso. Este é um espaço que valoriza Portugal e o melhor que somos enquanto Povo.

Rota do Património Mundial do Douro em exposição

MONTALEGRE - Rota do Património Mundial do Douro

 

Foi inaugurada no Ecomuseu de Barroso, Montalegre, uma exposição fotográfica, da autoria de António Sá, intitulada "Rota do Património Mundial do Douro/Duero".

 

Trata-se de um trabalho que percorre os 10 sítios classificados pela UNESCO como património da humanidade, existentes ao longo da bacia do Douro.

 

As imagens desta exposição, patente ao público até finais de setembro, traduzem apontamentos visuais captados no Norte da Península Ibérica, em zonas próximas da linha de fronteira entre Portugal e Espanha no rio Douro/Duero.

Com o verão chegam os Encontros de Gastronomia Super Bock

Novo verão, nova temporada dos Encontros de Gastronomia Super Bock.

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Das Super Bock de sempre à gama de cervejas especiais Seleção 1927, os festivais de gastronomia que combinam o melhor da culinária emblemática de cada cidade ou região conhecem em 2016 duas etapas, no Porto e em Setúbal.

 

A 4ª edição de Marisco no Largo decorrerá em Setúbal, de 4 a 14 de agosto.

 

No Largo José Afonso, sempre das 18h00 às 24h00, não faltarão excelentes pretextos para apreciar o melhor que o mar e o rio Sado têm para oferecer: ameijoas, berbigão, búzios, camarão, gambas, lagosta, lagostins, lavagante, mexilhão, navalheiras, sapateiras, santolas e as incomparáveis ostras da Reserva Natural do Estuário do Sado.

 

Da programação constarão ainda sessões de show cooking dedicadas aos frutos do mar e música.

 

Já o Francesinha na Baixa tem lugar de 29 de setembro a 9 de outubro, na cidade do Porto. Na Praça D. João I estarão reunidas algumas das mais reconhecidas cervejarias da cidade, que confecionarão diferentes propostas da famosa sanduíche, das versões mais tradicionais às mais vanguardistas. Chefes de cozinha serão igualmente desafiados a realizar interpretações de francesinha, em sessões de show cooking.

Cão de Gado Transmontano: amigo do pastor desde o neolítico

O Cão de Gado Transmontano faz parte da história viva das terras “para cá do Marão” há mais de 10 mil anos. Como referência ancestral das memórias dos povos que ocuparam este território, enquanto protetor contra a ameaça dos lobos, é também um ícone ativo do património imaterial transmontano.

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Divanildo Outor Monteiro, docente e investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), estudioso desta raça autóctone, defende que a origem do cão de gado transmontano se situa no neolítico, pois é «contemporâneo da ovelha e cabra doméstica, cujos registos arqueológicos que se conhecem são desse período, valendo também a explicação da necessidade de os rebanhos serem acompanhados de um cão de guarda, fruto da elevada vulnerabilidade que teriam aos ataques do lobo e de outras feras».

 

Apesar da sua grande corpulência, tem um comportamento dócil e reservado. Sempre muito calmo e de olhar sereno, é cauteloso sem ser agressivo, mas também um dos animais mais corajosos na defesa do dono e dos seus bens.

 

«Vinculado a este território, sempre desenvolveu a sua atividade ajudando o homem no cuidado que é necessário ter com os ovinos e caprinos, protegendo os rebanhos contra a agressão dos seus predadores, daí que a designação da raça faça jus à sua função e ao seu território», justifica o investigador.

 

Geralmente apresentam-se de cor branca o que permite aos pastores distingui-los dos lobos quando estes se aproximam, ou nas alturas de luta. Pertence assim às poucas raças que ainda hoje desempenham o papel que lhes foi destinado inicialmente, isto é a defesa contra o lobo.

 

«Ao contrário do que se pensa, o lobo ainda ocorre livremente na região transmontana, pelo que esta raça desempenha uma função muito importante na economia rural, baseada na agro-pastorícia, numa zona do país de baixa densidade populacional», observa Divanildo Monteiro.

 

O que se vê em outras raças é uma exploração dos animais valorizando a sua estética, exceção feita às raças de aptidão cinegética, que têm também a sua função, e às raças que anteriormente eram de guarda e que hoje servem forças policiais e militares.

 

A valorização dos aspetos estéticos das raças vai tão longe – alerta o investigador da UTAD – que «por vezes envolve a deformação e a alteração radical da morfologia do animal, com dificuldades funcionais subjacentes, porque o sentido estético que as pessoas valorizam contraria, às vezes, a morfofisiologia dos animais».