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Portugal à Lupa

Há 13 anos a calcorrear o País como jornalista, percebi há muito que não valorizamos, como devíamos, o que é nosso. Este é um espaço que valoriza Portugal e o melhor que somos enquanto Povo.

Portugal à Lupa

Há 13 anos a calcorrear o País como jornalista, percebi há muito que não valorizamos, como devíamos, o que é nosso. Este é um espaço que valoriza Portugal e o melhor que somos enquanto Povo.

Petiscos à prova em Palmela

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Nos dias 17, 18, 19, 24, 25 e 26 de junho, a Câmara Municipal de Palmela e a Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal/Costa Azul promovem os Fins de Semana Gastronómicos do Petisco. Os petiscos mais tradicionais da região surgem, aqui, com receita clássica ou em propostas inovadoras, sempre em harmonização com os vinhos da Península de Setúbal. O Queijo de Azeitão e outros queijos de ovelha, os enchidos, o choco frito, as pataniscas, os caracóis, as conservas, as moelas ou as saladinhas variadas são presença obrigatória à mesa nestes Fins de Semana Gastronómicos que dão as boas vindas ao verão. Quem puder, é ir.

 

Ílhavo: o Museu que guarda um mar de narrativas épicas

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A vocação principal do Museu Marítimo de Ílhavo, sob alçada do município local, é preservar memórias de vidas dedicadas ao mar. A expressão ganha dimensão, quando se entra num espaço que encerra «narrativas épicas» e a «identidade» de um passado descobridor. Aqui se desenrola o fio condutor de estórias da pesca de bacalhau nas águas da Terra Nova e da Gronelândia. O povo ílhavo domina a viagem, num espaço que conta 79 anos.

 

Fotos | Ana Clara 

 

«Os homens de Ílhavo sempre seguiram o mar. Navios, navios, navios, marinheiros, marinheiros, marinheiros - a história de Ílhavo é a história deles». A frase, encontramo-la registada numa das salas expositivas do Museu. Pertence a Alan Villiers, marinheiro, escritor e fotógrafo, na sua obra intitulada "A campanha do Argus" (1951), livro que deu a conhecer a pesca do bacalhau de homens e navios portugueses.

 

Através de Villiers, e de tantos autores que se pronunciaram sobre o povo marítimo de Ílhavo, as suas aventuras, amarguras e sustos que apanharam no mar, o MMI pode ser considerado como um lugar que se exprime através de uma missão muito aberta e plural.

 

Desde 8 de agosto de 1937, ano em que foi criado, o Museu (localizado na Avenida Dr. Rocha Madahíl), já passou por várias fases de renovação, sendo que o momento mais relevante, em termos de projeto, e que, de alguma forma, termina naquilo que o Museu é hoje, sucedeu em 2001, aquando da ampliação e remodelação do Museu e do edifício onde hoje se ergue. Mais recentemente sofreu nova remodelação para acolher o Aquário de Bacalhaus (inaugurado em janeiro de 2013) e o Centro de Investigação e Empreendedorismo do Mar (CIEMAR).

 

Desde 2001 até hoje, o Museu ganhou uma dimensão importante, não só em termos físicos, mas ao nível das coleções e no diálogo que estabelece com as comunidades e públicos a que se dirige.

 

Todos os que chegam ao Museu embarcam numa viagem que conta com cinco grandes momentos. O primeiro, dedicado à Faina Maior, à pesca do bacalhau, e onde é possível contemplar veleiros e pequenos botes (os chamados dóris), e que mostra a pesca do bacalhau em termos dramáticos e épicos, aquele trabalho humano admirável que evocamos e que os portugueses praticaram até 1974.

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Nesta primeira sala, é possível ver, ao vivo, uma réplica de um navio bacalhoeiro e subir a bordo, assumindo-se como uma peça central no discurso do museu.

 

Depois da viagem à história e estórias da Faina Maior, a visita segue para uma outra sala, dedicada à ria de Aveiro, às fainas agromarítimas, aos trabalhos locais. Recordando as palavras de Raul Brandão, o programador do Museu recorda que, neste espaço de evocação à etnografia, misturam-se os perfis do lavrador e do pescador e exalta-se tudo isso num discurso mais cénico.

 

Seguindo viagem, encontramos a Sala dos Mares, dedicada à identidade local, às suas realidades e lenda. Aqui podemos conhecer os ílhavos, enquanto povo local, mas também como povo mariano, uma espécie de síntese da nação marítima que imaginamos ser. É uma expressão muito forte e didáctica, e que aborda aspectos da instrumentação náutica, mostrando ao público que os ílhavos são, por natureza, mareantes e homens do mar.

 

Há ainda uma outra sala expositiva com destaque para história natural (as conchas e algas marinhas), e que entretanto foi alargada com a coleção de conchas do Oceanário de Lisboa, recentemente doada ao MMI

 

Aquário de Bacalhaus

 

Esta viagem, através do MMI, desemboca, na sua mais recente atração: o Aquário de Bacalhaus. Único na Europa, entrou em funcionamento em janeiro de 2013. Aqui homenageia-se o «fiel amigo», sendo possível ver, ao vivo, 40 exemplares de Gadus morhua, que vieram de Alesund (Noruega). 

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O tanque onde estão alojados, conta com uma capacidade de 120 metros cúbicos de água, a uma temperatura média de 12 graus centígrados, e com condições  de salinidade próximas das existentes no habitat natural do bacalhau,  aqui recriadas artificialmente.  

 

Trata-se de um património biológico, que mostra o bacalhau do Atlântico, espécie que historicamente pescamos e consumimos, dando continuidade a toda uma lógica marítima evocada no Museu.

 

O projeto, impulsionado pelo antigo presidente da Câmara de Ílhavo, Ribau Esteves, assume-se como uma aposta no desenvolvimento local e foi desenhado no sentido de dimensionar o MMI para algo que surpreendesse o público, coerente, e que tivesse a vantagem de exercer um efeito de atracção de públicos importante.

Penha Garcia debate medicinas tradicionais

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Penha Garcia, no concelho de Idanha-a-Nova, vai ser palco do II Congresso das Medicinas Tradicionais, nos dias 18 e 19 de junho, com um cartaz que reúne as temáticas das forças da natureza, das energias e dos medos ancestrais. O Congresso, a decorrer nas instalações da futura Casa Museu Padre João, convida especialistas de renome para abordar temas como “Astrologia e os Ciclos Agrários”, “Medicina Quiroprática”, “Os Medos Ancestrais”, “O Sol e a Lua nas crenças e no Imaginário das Beiras”, “A Importância dos Rituais na Cocriação Positiva” (manhã e tarde de sábado) e “Formas de Fé do Povo” e “Radiestesia” (manhã de domingo). Os visitantes serão ainda surpreendidos com muita animação e a recriação de rituais ancestrais, com destaque para a noite de sábado. Festejam-se os Santos Populares num jantar convívio e recriam-se tradições fascinantes: Queimada Galega com esconjuro das bruxas, o Ritual da Lua e o teatro e dança do fogo Sabat.