Em Entradas, concelho de Castro Verde, o Museu da Ruralidade - Núcleo da Oralidade, guarda memórias das gentes e do território deste concelho do Baixo Alentejo. Um espaço que conjuga uma interessante mostra de instrumentos agrícolas, com outras componentes da cultura local, como a viola campaniça, o cante e a Feira de Castro.
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Texto | Ana Clara
Fotos | Museu da Ruralidade
Entradas, localidade do concelho alentejano de Castro Verde, inaugurou em 1999 uma casa que, há 15 anos, serve de homenagem às gentes e ao território. A rua de Santa Madalena acolhe o Museu da Ruralidade - Núcleo da Oralidade.
Uma estrutura que nasceu da necessidade de «valorizar o património rural do concelho, sobretudo no que concerne à oralidade e às expressões musicais locais, nomeadamente como espaço de promoção e valorização da Feira de Castro, da viola campaniça e do cante alentejano», salienta Miguel Rego, coordenador do Museu da Ruralidade.
A estrutura museológica, com uma área de exposição de 400 metros quadrados, comporta oito salas. Ai, o visitante contacta de perto com algumas bem preservadas máquinas e equipamentos agrícolas que compõem o património rural do concelho. Nos expositores há pequenos mundos em mostra, com reproduções de miniaturas de alfaias. Uma mostra que nos transpõe para espaços hoje tornados memória, como a oficina do ferreiro e do abegão.
Símbolos que evocam «a agricultura tradicional das terras do Campo Branco e, acima de tudo, ajudam a construir histórias destas terras campaniças na primeira metade do século XX», informa o responsável.
O museu conta com duas salas de exposições permanentes, espaço para fazer mostra de equipamentos agrícolas e alfaias do mundo rural da região campaniça.
Numa zona de transição, entre estas salas e o exterior, encontra-se uma debulhadora fixa e alguns objetos associados à debulha
O museu funciona também como «espaço de encontro e de referência da população». «Enquanto infraestrutura turística, o espaço acolhe vários milhares de pessoas anualmente, o que faz dele um contributo importante do ponto de vista económico e social para o concelho», acrescenta Miguel Rego.
Ensaios de grupos corais, colóquios, conversas, tertúlias temáticas, como o Grupo da Meia, são algumas das iniciativas que têm lugar ao longo do ano. Além disso, regularmente, a equipa do museu «organiza ensaios de grupos corais, análise de fotografias antigas, tertúlias, entre outras manifestações culturais», informa Miguel Rego.