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Portugal à Lupa

Há 13 anos a calcorrear o País como jornalista, percebi há muito que não valorizamos, como devíamos, o que é nosso. Este é um espaço que valoriza Portugal e o melhor que somos enquanto Povo.

Portugal à Lupa

Há 13 anos a calcorrear o País como jornalista, percebi há muito que não valorizamos, como devíamos, o que é nosso. Este é um espaço que valoriza Portugal e o melhor que somos enquanto Povo.

Rota das Tabernas regressa a Grândola

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A partir de 10 de junho siga a rota dos sabores da gastronomia típica alentejana em seis locais de tradição e de costumes no concelho de Grândola. A edição de 2016 da Rota das Tabernas começa já no próximo dia 10 na Taberna “Justense” e termina um mês depois na “Casa Dimas”. Durante este período a iniciativa do Município de Grândola, com o apoio do Turismo de Portugal, promove a gastronomia regional e dá a conhecer a tradição musical da região. Nas seis Tabernas aderentes à Rota vai ouvir-se o cante alentejano e grupos de música instrumental do cancioneiro tradicional alentejano. À mesa vão ser servidos os melhores petiscos e iguarias alentejanas. A iniciativa termina a 9 de julho.

Santo André: o navio-museu que evoca memórias da pesca de bacalhau

Antigo arrastão bacalhoeiro que integrou a frota portuguesa de bacalhau nas águas do Atlântico Norte, o Navio-Museu Santo André foi recuperado e tornou-se um espaço de visita. Construída em 1948, na Holanda, a embarcação fez a sua primeira viagem um ano depois. Visitámos este antigo «arrastão», ancorado rente ao Jardim Oudinot. Um encontro com as memórias dos que viveram a bordo.

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 Texto e Fotos | Ana Clara

 

À medida que nos aproximamos deste antigo navio de pesca de bacalhau, ancorado rente ao Jardim Oudinot, em Gafanha da Nazaré, facilmente percebemos quão dura foi a atividade a bordo durante o meio século em que laborou. O Santo André é um arrastão salgador e congelador imponente; mais de 70 metros de comprimento. Um grosso casco, pintado a azul profundo. Uma pujança necessária para as duras águas da Terra Nova, Mar do Norte, Gronelândia, Islândia, Noruega, Ilhas Faroé (território dinamarquês), entre outras regiões onde o navio operou.

 

Uma embarcação que é também um espaço de evocação. Um painel inscreve os nomes de todos os que habitaram este espaço sobrevivendo a condições extremas. Memórias também transcritas sob a forma de relatos dos pescadores. Narrativas plenas de aventuras, dores, mágoas, perdas e muitos pormenores técnicos sobre a «Faina Maior».

  

Um périplo que começa no convés, onde se impõe aos nossos olhos o guincho, sistema outrora operado pelo guincheiro, com potência para suportar o aparelho de pesca e o peixe capturado.

 

Capturas que podiam ascender, com condições propícias, a várias toneladas de peixe por dia. Dai se compreenda a existência a bordo de uma pequena fábrica (o designado Parque de Pesca) de transformação do pescado. Uma unidade com capacidade para processar 12 toneladas de bacalhau diariamente. 

 

Seguimos para o porão de salga e dos congelados. Era aqui que o bacalhau era salgado individualmente e empilhado. A salga era feita por um grupo de salgadores, coordenados pelo mestre de salga.

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Durante a campanha, o peixe preenchia os espaços laterais e centrais até o último bacalhau tapar a boca da escotilha do porão, com capacidade para armazenar mil toneladas de peixe, 80% da capacidade total do navio.

 

Prosseguimos viagem e percorremos alguns dos espaços mais intimistas do navio. Visitamos a cozinha onde, outrora, o cozinheiro e dois ajudantes cumpriam a rotina de confecionar as refeições da tripulação. Seguimos para a câmara dos oficiais, área restrita, com a sua copa, a sala de jantar, os camarotes do capitão, do piloto e enfermeiro, bem como uma casa de banho. Somos convidados a entrar nos restantes camarotes, os que serviam a tripulação.

 

Construído em 1948 na Holanda, o Santo André fez a sua primeira viagem em 1949 nos mares da Terra Nova. O seu primeiro Capitão foi o ilhavense José Pereira Bela, como nos indica uma inscrição no navio.

 

A última viagem do Santo André decorreu em 1997, rumo à Noruega. O comando esteve entregue a Manuel Silva Santos.

 

Na década de 80 do século XX, as restrições à pesca em águas exteriores acabou por apanhar o Santo André na «onda dos abates».

 

O navio foi desmantelado em agosto de 1997. O seu destino era o abate. Foi neste momento que a autarquia de Ílhavo, com a ajuda do armador do navio à época, António do Lago Cerqueira, decidiram unir esforços e transformar o velho Santo André em Navio-Museu.

 

Com a ajuda também da Associação dos Amigos do Museu, o navio seguiu para transformação e recuperação entre 2000 e 2001. Abriu portas a 23 de agosto de 2001, no Cais Bacalhoeiro, na Gafanha da Nazaré. Em 2007, a embarcação foi transferida para o Jardim Oudinot, espaço que recebe anualmente o conhecido Festival do Bacalhau, em memória das tradições pesqueiras locais.  

Alvarinho: de Monção e Melgaço para Lisboa

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O "Alvarinho Wine Fest" volta a concentrar as atenções na capital portuguesa. Cerca de trinta produtores de Monção e Melgaço apresentam, este fim de semana (3, 4 e 5 de junho), no Pátio da Galé, Terreiro do Paço, a tipicidade, modernidade e versatilidade do alvarinho numa estratégia conjunta de promoção de um vinho com «enorme potencial e garantia de qualidade», salienta a Câmara de Monção, em comunicado.

 

Subordinado à temática “A origem do Alvarinho”, o evento conta com cerca de 30 produtores de vinho Alvarinho dos dois concelhos e vários produtos típicos da região, estando previstas provas comentadas, sessões de showcooking, workshops, harmonizações e momentos de animação.

 

A abertura das portas está marcada para as 17h00.

 

A entrada é gratuita mediante a compra de copo de prova no valor de 3 euros.

Ovar: bicicletas em madeira com toque de modernidade

Na rua Zagalo do Santos, em Ovar, João Baptista dá vida a um conceito que alia tradição e modernidade. Das suas mãos nascem autênticas preciosidades de duas rodas, feitas em madeira, com selo clássico, e onde cada pormenor conta. A empresa, Mud Cycles, dedica-se à construção de bicicletas, «com formas e estética únicas, e executadas numa combinação de peças recuperadas com outras manufaturadas de raiz».

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Texto: Ana Clara | Fotos: João Baptista

 

A aventura de lançar a Mud Cycles nasceu em 2011, na altura, um projeto virado para o restauro de mobiletes e bicicletas antigas. À medida que a empresa foi evoluindo, explica João Baptista, foi abandonando os restauros para se «dedicar exclusivamente à criação de produtos originais. Sempre achei o processo criativo bastante mais motivador do que o simples restauro de objetos antigos»», diz. 

 

A construção de bicicletas de madeira foi uma aposta que surgiu em 2013. E explica por que decidiu encetar este negócio: «sempre adorei trabalhar em madeira e achei um desafio muito interessante aliar isso à minha paixão pelas duas rodas». João refere que inicialmente «foi um processo complicado» já que «era difícil as pessoas entenderem o que eu tinha idealizado mas, logo após a criação dos primeiros protótipos, a reação do público foi incrivelmente positiva». 

 

Os critérios na construção de qualquer produto da Mud Cycles passam sempre pelo «uso dos melhores materiais aliados a um design exclusivo e cuidado, ou seja, não descoramos em ponto algum a qualidade e o design do produto», esclarece. Outro fator-chave para o sucesso «é o conforto» e, deste modo, «todos os produtos são testados exaustivamente para garantir que tudo está perfeito para ser comercializado e garantir assim, a satisfação do público». 

 

«Em relação à matéria-prima, sempre que possível damos prioridade a produtores e empresas nacionais desde que nos garantam os padrões de qualidade por nós exigidos. Nem sempre é fácil conseguir tudo o que precisamos em Portugal mas esforçamo-nos ao máximo para que isso aconteça», afirma João Baptista. 

 

O modelo de madeira Mud Wood é um dos exemplos das peças que saem das mãos deste empreendedor. A abordagem que faz na conceção do produto «é a da criação de uma peça de design completamente funcional e resistente às mais duras condições climatéricas e de uso diário». 

 

«Um dos grandes problemas que vemos em muitas peças de design, é não serem funcionais nas aplicações do dia-a-dia. Com isto em mente, todo o desenho do produto está idealizado para ser usado no nosso quotidiano mas mantendo sempre o design exclusivo que já nos é reconhecido», sublinha. 

 

No que respeita às bicicletas clássicas da Mud Cycles, João combina peças restauradas com peças manufaturadas de raiz, sendo que «o objetivo não passa apenas por polir um objeto antigo, mas também por dar-lhe uma vida que nunca teve e ao mesmo tempo que respeitamos as suas linhas clássicas damos sempre o nosso toque pessoal, originando assim modelos únicos e originais». 

 

Quem queira comprar algum produto pode fazê-lo na oficina de João, em Ovar, e na loja Mercado 48, no Porto.

 

Saiba mais aqui.

Camilo: o homem, o génio e o tempo.

Em setembro de 2016, Ribeira de Pena recebe o I Congresso Internacional dedicado a Camilo: "o homem, o génio e o tempo".

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Camilo Castelo Branco é dos nossos maiores génios literários. Em Ribeira de Pena, a história da sua vida cruza-se para sempre com esta terra, onde casou com 16 anos, em agosto de 1841. É por isso que Ribeira de Pena não esquece a obra nem o escritor. Além das inúmeras iniciativas que promove sobre o escritor, o município lançou um Roteiro Cultural que envolve 7 locais (um no concelho de Cabeceiras de Basto e seis em Ribeira de Pena). Por terras transmontanas respira-se Camilo mais do que nunca. É por isso que em setembro deste ano irá ter lugar no auditório municipal, a 9, 10 e 11, o I Congresso Internacional "Camilo - o homem, o génio e o tempo". Camilo merece e os seus leitores também. Parabéns a Ribeira de Pena pela iniciativa.

Camilo: o homem, o génio e o tempo.

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