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Portugal à Lupa

Há 13 anos a calcorrear o País como jornalista, percebi há muito que não valorizamos, como devíamos, o que é nosso. Este é um espaço que valoriza Portugal e o melhor que somos enquanto Povo.

Portugal à Lupa

Há 13 anos a calcorrear o País como jornalista, percebi há muito que não valorizamos, como devíamos, o que é nosso. Este é um espaço que valoriza Portugal e o melhor que somos enquanto Povo.

Petiscos e vinhos à beira Tejo. A Trafaria é já ali.

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Portugal é um país pequeno. Já o sabemos. Mas a sua riqueza é gigante. Portugal à Lupa é também um espaço de promoção do melhor que por cá se faz. Hoje sugerimos algo tão simples e tão saboroso como atravessar o Tejo e deliciar-se com petiscos e vinhos com cunho nacional. A 20 minutos de barco de Lisboa (Belém) os leitores que rumarem à Trafaria entre 3 e 5 de junho podem contar com um festival dedicado à gastronomia e vinhos. O “Trafaria (com) Prova” decorre durante dois dias no Passeio Ribeirinho da Trafaria e conta com provas comentadas, cruzeiros vínicos no Tejo e animação de rua. Nos vinhos, setor onde damos cartas há muitas décadas, o certame conta com 34 produtores de todas as regiões do país, com destaque para as castas da região da Península de Setúbal. E se o argumento para não ir for o preço, então esqueça-o, a entrada é livre.

Bragança: da Terra Fria, com amor!

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É a maior cidade da chamada Terra Fria e assume-se como a capital de Trás-os-Montes. O seu castelo é um cartão-de-visita incontornável. Mas em Bragança, cujas gentes por estes dias andaram nas bocas das redes sociais inócuas por algo dito há seis anos, há toda uma riqueza para descobrir. Desde o seu centro histórico, passando pelos seus Museus, às mercearias locais onde os produtos da terra desfilam qualidade e sabor com a marca autóctone sempre presente. Da gastronomia à cultura, passando pela paisagem e acabando no turismo, Bragança, capital da Terra Fria Transmontana é uma das cidades mais bonitas do país. As suas gentes, sempre de sorriso rasgado e coração aberto, fazem o resto.

 

Fotos: Rota da Terra Fria Transmontana.

 

Tua: a paisagem que não pode ser destruída.

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 Fotos: Duarte Belo e Henri-Richard

 

Last Days of Tua. A página, online, lançada recentemente pretende impulsionar cidadãos e país na defesa da paisagem do Tua. Os promotores pretendem alertar a opinião pública para os efeitos devastadores da barragem que ali está a ser construída bem como para os impactos na qualidade de vida das populações e na paisagem Património Mundial da Humanidade. Mais informações aqui.

Prémios Europa Nostra reconhecem património português

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A reabilitação da Catedral e Museu Diocesano de Santarém e o projeto de Desenvolvimento Sustentável do Planalto da Mourela no Parque Nacional da Peneda-Gerês estão entre os 28 vencedores dos prémios Europa Nostra. A entrega dos galardões decorreu a 24 de maio, em Madrid, Espanha. Recorde-se que os prémios Europa Nostra distinguem os projetos de conservação da cultura e do património mais importantes da Europa. São dois bons exemplos do melhor que temos em Portugal e, sem dúvida, recomendamos uma visita ao Minho e ao coração do Ribatejo. 

Viagem ao país das assimetrias

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Em abril deste ano, a agência Reuters andou pelo Portugal Profundo. E mostrou-nos, em imagens, como este é um país de contrastes profundos: Norte/Sul; Interior/Litoral. Publicamos as melhores imagens da reportagem da agência de notícias internacional numa viagem ao Portugal Profundo ou, como eu gosto de lhe chamar, ao Portugal do fantástico. Nas imagens, retratos da aldeia de Póvoa de Agrações, perto de Chaves.

 

O melhor de Portugal numa viagem sem termo marcado.

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 Na imagem, passeio de barco pelo Guadiana, numa reportagem de três dias por um outro Algarve, o do barrocal.

 

Este blogue andava há largos meses a ser pensado. Pretende ser um espaço que retrata não só o país que calcorreei nos últimos 12 anos, em trabalho e a título pessoal, mas também um recanto de memórias de um Portugal tantas e tantas vezes esquecido e que merece ser evocado. Tem ainda como objetivo potenciar o melhor que nos identifica, desde o mundo rural à inovação e capacidade tecnológica que temos de sobra. Haja vontade de investimento e capacidade de fazer bem. Venham connosco nesta caminhada rumo ao Portugal do fantástico.

Pelos caminhos solitários do Alvão

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Pelos caminhos do Alvão há aldeias solitárias, gentes que outrora viram por aqui nascer muitas crianças. Hoje, as paisagens transmontanas vestem-se de silêncios, com poucos choros e muitas angústias, sobretudo dos que ficam, os mais velhos, pois claro. Agora, uma jovem transmontana decidiu registar o quotidiano de uma aldeia da serra do Alvão, em Vila Real, para alertar para a agonia do mundo rural, onde falta gente e sobram recursos, mas também solidão e isolamento. A partir Mascosêlo, a aldeia dos avós, que Andreia Carvalho conhece desde pequenina, surgiu o documentário “A última lavoura desta terra”, apresentado recentemente, em Bragança, e que está a ser mostrado em todos os institutos da Juventude da região Norte. A ideia do projeto, iniciado em finais de 2012, pretende alertar para a desertificação do Interior Norte, esse Portugal profundo e ao mesmo tempo tão fantástico.

Campo Maior: na raia alenteja respira-se o melhor da planície.

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É uma das vilas mais bonitas do país. Por aqui, em Campo Maior, dominam as paisagens tão claras da Planície alentejana. Numa terra onde a indústria do café emprega cerca de um terço da população activa, a vila raiana assume-se como uma terra de história, tradições e costumes. Com as suas casas alvas de faixas azuis e ruas estreitas é conhecida pelas famosas Festas do Povo, momento alto da sua identidade, quando toda a vila se dedica de corpo e alma a vestir as ruas de coloridas flores de papel. É por isso que recomendamos uma visita a uma das mais belas vilas do país.

 

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Há melhor maneira de começar do que no coração do Douro? Não há.

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O esforço é ciclópico. Mergulhar no coração do Douro Vinhateiro é uma espécie de conquista às arribas, ao espaço onde amadurece a vinha por estes dias para, no fim de agosto, se colher a uva que há-de chegar às mesas do mundo. Seja manhã, tarde ou noite, nas terras durienses, o sol de um julho quente, apazigua os espíritos, conforta a alma e rejuvenesce por dentro e por fora. Tal como cantou Torga, que fez dos socalcos e da paisagem, o seu porto de abrigo em tantas noites de poesia, é nos finais de tarde que inflamam emoções e se reforçam os tons estivais de um território que é património da Humanidade desde 2001. Na parra, antevê-se mais um ciclo que se fecha com as vindimas que hão-de chegar lá para os começos de setembro. Da Régua ao Pinhão, de Alijó ao cimo do mundo, regressar à profundeza das gentes e costumes durienses, é uma imensidão de oxigénio, que nos empurra para uma paz inigualável. Só quem se apaixona por um lugar assim, pode compreender a força das palavras que existem para o descrever. Todos deviam vir cá nem que fosse apenas uma vez. «Sobretudo as almas inquietas e que ainda não se encontraram consigo mesmas», como um dia aconselhou Eça. Há demasiado tempo que não me reencontrava com isto. É precisamente com uma das regiões que mais me apaixona em Portugal que começa a aventura de "Portugal à Lupa". A última viagem aconteceu quase há um ano - em julho de 2015 - e deixo-vos com o melhor que o coração do Douro tem para vos oferecer.